1
Sim! O nome deriva de Aké, devido
à ponta, como no
instrumento pontiagudo de metal. Diz-se em hebraico shittah tendo
como plural shittim traduzindo-se em grego
por aseptos, isto é, o que não entra em putrefação, enquanto modelo do incorruptível e da
imortalidade da alma. Da madeira dela fez-se a própria Arca de Noé, sendo
também usada para a construção do Tabernáculo, conforme a Bíblia (Ex. 30, 24;
26; 28).
2
Emblema solar, consagrado por Egípcios e Árabes, como a
divindade diurna, por causa das flores amarelas e douradas, que representam o
que é magnificente e poderoso, isto é, o sol e a luz. Símbolo da inocência e da ingenuidade, mas
também da segurança e da certeza, da imortalidade e da incorruptibilidade, talvez
porque, neste mundo de homens lúcidas, importa a lucidez de sermos
ingénuos. Conhecida como pinheiro do Egito,
a dita acácia mimosa.
3
Para René Guenon, até a coroa de espinhos de Cristo tem a ver
com os da acácia, equivalendo aos raios luminosos, provenientes do sol. Segundo
a lenda, os Templários cobriram as cinzas de Jacques de Molay com acácias. E
Maomé destruiu o ídolo Al-Vzza ou Al-Uzza que tinha a acácia como símbolo.
4
Não! Não vou seguir este caminho.
Prefiro passar do ramo à árvore e saudar esta memória viva de uma loja que
procura regenerar um espaço que vai da preparação do cinco de Outubro à
resistência à ditadura, entre Machado Santos e Adelino da Palma Carlos. Por
outras palavras, uma loja de vencidos da vida e de projetos por cumprir, onde
os momentos mais sublimes talvez tivessem sido assumidos pelos que tiveram a
heroicidade de viverem como pensavam, sem pensarem como depois iriam viver. Mas
desses não reza a história, pelo que temos de os assumir em regeneração, para
os poder cumprir aqui e agora, com saudades de futuro.
...
Prancha na Loja Acácia