I
Europeístas, atlânticos, lusófonos
1. Qualquer discurso de avaliação da política externa
que queira ser diplomaticamente correto e se paute, mui metodologicamente,
pelas doutrinas oficiais, ou oficiosas, tanto das escolas de regime, como das
suas vulgatas glosadoras, conclui pelo óbvio do nosso geopolítico lugar no
mundo: europeísta, euro-atlântico, não iberista, com muitas saudades do
armilar, mas sem investimentos de poderio adequados.
Balança e balanços
2. Somos, com efeito, uma das peças da balança desta
não oleada Europa. Mas, infelizmente, por ter de ser, longe do fulcro. E, se
conjugamos a Aliança Atlântica, talvez seja porque, antes de o
sermos, já o éramos (até chegámos à Terra Nova antes de Colombo se enganar).
Também dizemos Brasil, para que o lado de baixo do Equador não nos esqueça, que
ainda sobrevivemos, mas sem vivermos o urgente navegar é preciso.
Tal como, todos os dias, praticamos a lusofonia em poder ser, mas
sem completo acordo comunitário. Contudo, o velho reino lusitano,
se já não pode ser cabeça, também não deve perder-se em bicos
de pés, ou andar sempre de pé atrás.
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