terça-feira, 27 de setembro de 2016

XV A independência por cumprir e a balança mundial dos poderes





I
Europeístas, atlânticos, lusófonos
1. Qualquer discurso de avaliação da política externa que queira ser diplomaticamente correto e se paute, mui metodologicamente, pelas doutrinas oficiais, ou oficiosas, tanto das escolas de regime, como das suas vulgatas glosadoras, conclui pelo óbvio do nosso geopolítico lugar no mundo: europeísta, euro-atlântico, não iberista, com muitas saudades do armilar, mas sem investimentos de poderio adequados.

Balança e balanços
2. Somos, com efeito, uma das peças da balança desta não oleada Europa. Mas, infelizmente, por ter de ser, longe do fulcro. E, se conjugamos a Aliança Atlântica, talvez seja porque, antes de o sermos, já o éramos (até chegámos à Terra Nova antes de Colombo se enganar). Também dizemos Brasil, para que o lado de baixo do Equador não nos esqueça, que ainda sobrevivemos, mas sem vivermos o urgente navegar é preciso. Tal como, todos os dias, praticamos a lusofonia em poder ser, mas sem completo acordo comunitário. Contudo, o velho reino lusitano, se já não pode ser cabeça, também não deve perder-se em bicos de pés, ou andar sempre de pé atrás.

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Prancha na Loja Europa