segunda-feira, 26 de setembro de 2016

XII A memória do sofrimento é a única via que nos pode dar a libertação





Eu gosto de homens de carácter, que tenham ideais, ninguém pode viver sem ideais (Eugénio Óscar Filipe de Oliveira).




A democracia contra a oligarquia

A democracia ainda não venceu a oligarquia, o governo dos ricos. O povo é um vencido da vida na história do que dizem democracia do governo dos pobres contra os ricos. O povo foi sempre usurpado na fase pós-revolucionária, dos arranjinhos da sociedade de corte. E serviu de escada para o eterno regresso ao patronato neofeudal.

Tirania, oligarquia e despotismo de todos
Onde a tirania se vestiu de monarquia (onde para bem de todos mandava só um); a oligarquia, de aristocracia (com a vitória dos mais ricos); e o despotismo de todos tomou o lugar da democracia, com césares de multidões sempre no dobrar da esquina. Até quando dizem que querem acabar com os ricos, apenas disfarçam a verdade de não termos conseguido acabar com a pobreza. Porque deixam-nos peixe, onde o fresco é apenas aparência do mal descongelado. Mas não aprendemos a pescar onde, na realidade, há peixe. Dizem que é política do mar. Salgado.

A necessária revolta de escravos
A teoria cíclica dos regimes é antiquíssima, segundo a tal anaciclose, onde os regimes passariam de uma forma a outra, retornando, no fim, ao que haviam sido no princípio. A culpa de ainda permanecer esta escravatura doce é dos escravos. Porque continua a não ser possível a autenticidade de uma revolta de escravos adequada às circunstâncias, surgindo quase sempre o sucedâneo de uma servidão voluntárias, de uma pós-revolução do sonhar é fácil e da sociedade de casino, do gato por lebre, invocada pelos gestores da subsidio-dependência e da dívida com que nos vicia o dito bom e velho Estado.
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